Samae estuda alugar prédio da antiga fábrica da Proguaçu
Samae estuda alugar prédio da antiga fábrica da Proguaçu Veículos, maquinários e ferramentas foram deixados no local desde o fechamento da fábrica, há um ano.
Juliana Domingues / 24 de fevereiro de 2019 fabrica proguacu abandonada
O vereador Natalino Tony Silva (Rede) quer explicações da Proguaçu sobre o abandono da antiga fábrica de artefatos de cimento da autarquia. Ele visitou o local e constatou o abandono da área que há um ano deixou de abrigar a fábrica da Proguaçu. A direção da autarquia anunciou, em março de 2018, o fechamento da unidade alegando prejuízos financeiros. Ela foi desativada em janeiro e desde então quase nada foi retirado do local.
As fotos mostram veículos, equipamentos e até maquinários sucateados e que foram deixados pelo local. O portão da unidade fica aberto e o acesso é livre na área de 12.180 metros quadrados na beira da SP-340.
Vereador contou que viu um local totalmente abandonado. “Tem uma sala com uma mesa de refeitório e uma com ferramentas jogadas no chão. Também vi betoneiras, formas que eram utilizadas nos bloquetes, compressor e veículos totalmente sucateados. Um abandono e descaso com o dinheiro público”, ressaltou Natalino.
O vereador levou o assunto para a tribuna da Câmara, na última segunda-feira (18), e aproveitou para questionar a Proguaçu, pois um requerimento foi aprovado pelos vereadores e será encaminhado à autarquia. “Eles precisam responder qual foi o estado que aqueles equipamentos foram deixados lá. Os veículos estão sucateados, mas estão desde quando naquela situação”, questionou o vereador.
Durante discurso, Natalino ressaltou que atualmente não se sabe qual é a verdadeira função da Proguaçu, uma vez que a cidade já não conta mais com lotes urbanizados e pouco se houve sobre área para empresários nos distritos industriais. “É preciso saber qual é a finalidade da Proguaçu hoje. O que ela faz, quando ela custa, qual o prejuízo financeiro. São respostas que aguardo da diretoria o quanto antes”.
O vereador da Rede questionou também o fato de a fábrica ter sido fechada sem maiores explicações. Para ele, a fabricação de bancos, dos bloquetes e dos pontos de ônibus poderia contribuir com o município na manutenção da cidade. “Ninguém falou nada sobre o fechamento. Ficamos sabendo por meio da imprensa. São trabalhadores que poderiam estar trabalhando lá na confecção de bancos para as praças, os bloquetes e até ponto de ônibus que a cidade tanto precisa”.
fabrica proguacu abandonada
Área locada
O presidente da Proguaçu, Luís Wanderley Brunheroto, discordou do vereador. Ele disse que os equipamentos e maquinários foram deixados no local pelo fato de estarem sucateados e sem condições de uso. Um processo foi aberto pela Proguaçu para que a área seja devolvida ao Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) e os equipamentos vendidos para a sucata. “Tudo o que está lá já não tinha condições de uso. Estamos com a documentação quase nos finalmente para darmos baixa nos veículos e o que der será vendido para a sucata”, explicou.
Segundo ele, duas máquinas para a fabricação de tubos serão devolvidas ao Samae, pois não são da Proguaçu. “As ferramentas que lá estão não servem para uso e os equipamentos são todos obsoletos. Só não limpamos ainda a área porque preciso estar com todos os documentos em dia, inclusive junto ao Detran”.
fabrica proguacu abandonadaBrunheroto informou que a Proguaçu conta com 104 funcionários e a maioria trabalha na manutenção e presta serviços para a Prefeitura. “Atualmente, temos contrato com a Prefeitura e os funcionários trabalham para as Secretarias de Obras, Saúde e Educação, pois quase não temos mais lotes urbanizados nem áreas nos distritos”.
O superintendente do Samae, Elias Fernandes de Carvalho, informou que já estuda a destinação da área junto ao prefeito Walter Caveanha (PTB). Uma das possibilidades seria a locação do barracão. “Estamos aguardando a retirada dos equipamentos e a devolução oficial da área para decidirmos a destinação. O prefeito é quem vai definir, mas existe, sim, a possibilidade de locação, pois o Samae não tem interesse no local”, ressaltou.
A Gazeta apurou que os equipamentos e maquinários da antiga fábrica de artefatos de cimento existem desde quando a autarquia foi criada, em 1986. Ela fabricava tubos simples, pisos, tubo armado, banco ondulado e bloquete sextavado. Nenhuma descrição de foto disponível. A imagem pode conter: atividades ao ar livre